Menu

segunda-feira, 2 de março de 2015

Potes de mel e pólen da Uruçu Nordestina


[Figura-1] Potes de Mel e Pólen

Uma das belezas que a Abelha Uruçu Nordestina ( verdadeira ) é a construção dos potes de mel e pólen, eles são grandes, chegam a medir 5 cm.

Outra beleza é a produção de mel, quando elas encontram boa fonte de alimento, os potes ficam cheios.

Muitas vezes, os potes são removidos e reconstruidos em outro lugar dentro da colmeia, bom, essa reorganização já é com elas mesmas, elas sabem o que estão fazendo e o que é prioritário pra elas, muitas vezes um processo de umidificação pode leva-las a tomar essa ação ( remover os
potes para outro lugar.





[Figura-2] Mais potes





Se vocês observarem as melgueiras das Uruçus, vão perceber que elas são bem limpas, ficando apenas os potes para armazenamento.












[Figura-3] Confeccionando potes



Uma vez os potes estando no formato "grande", isso facilita a colheita do mel, que pode ser realizada através da sucção usando uma seringa exterilizada.  Coletando dessa forma, os potes ficam vazios e prontos para novo armazenamento.
Caso você destrua os potes durante o processo de colheita, as abelhas irão perder um precioso tempo para reconstrui-los novamente, então vamos poupar esse tempo pra elas, deixando que elas aproveitem esse tempo pra coletar alimento na natureza e não reconstruindo potes.

LEMBRE SE:
Sempre é bom fornecer um pouco de cera para que elas possam usar internamente, para ajuda-las.




domingo, 22 de fevereiro de 2015

Entrada da Mandaguari Amarela e Preta

[Figura-1] Entrada da Mandaguari Amarela
Interessante isso !!!

Embora elas tenham o mesmo comportamento, incluindo tamanho, modo de nidificação, etc, elas se diferem uma da outra ( Mandaguari Amarela  x  Mandaguari Preta ) pela cor e formato do bico de entrada.

Enquanto que a Mandaguari Amarela faz jus ao nome, realmente elas são amarelas ( amarelo claro ) e a Preta, pretona mesmo.




[Figura-2] Entrada da Mandaguari Preta
Vejam na figura-1 como é o formato de entrada da Mandaguari Amarela, como essa espécie é numerosa em termos de indivíduos ( abelhas ), a entrada precisa ser bem larga para receber as inúmeras campeiras que trafegam para abastecer o enxame ( pólen e nectar ), e a beleza do formato do bico, ele é bem branco e muito aberto.

Já a Mandaguari Preta também tem o mesmo comportamento, precisa ter uma entrada bem larga para dar fluidez a grande quantidade de abelhas que por ali trafegam.
Já o formato de entrada, é diferente, tem a coloração escura e não é um cone muito aberto como o da Amarela, é um pouco mais fechado, observem na figura-2.

Quando estiver projetando uma nova caixa para a espécie Mandaguari, não se esqueça de deixar a entrada na madeira com um furo de espesssura de pelo 2,5 cm.  Se deixar menos que isso, elas vão ter problemas de fluidez e isso pode reduzir o desempenho do enxame ao longo do tempo, com um furo de 2,5 cm, elas vão administrar, se não precisarem, elas simplesmente reduzem o tamanho usando cera e geopropolis.

Grande abraço e muito sucesso pra você.






sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Condensação de água na tampa da caixa


[Figura-1] Caixa sendo aberta
Geralmente quando criamos Abelhas Sem Ferrão ( ASF ), procuramos implementar recursos que facilitam nossas atividades de vistoria e manutenção quando necessário.

E um desses recursos é a colocação de um plástico, geralmente de cor preta, para evitar que os potes de pólen e mel venham a grudar na tampa e se rompem no momento da abertura da mesma ( retirada da tampa ).

Todos sabem que a caixa tem uma umidificação por dentro, principalmente em épocas chuvosas, e a condensação dos vapores acabam subindo e atingem o plástico (figura-1), que por sua vez retém essa condensação e acaba formando gotas de agua.

[Figura-2] Água condensada no plástico da tampa
Observem a figura-1, as próprias abelhas começaram a abrir pequenos buracos no plástico justamente para que o "vapor quente" possa escapar e refrescar a caixa ( parte da melgueira ).

Agora observem a figura-2, vejam como o plástico está bastante molhado.

O plástico, como vocês podem ver, facilita a abertura da melgueira, pois se os potes grudarem nele ( pláscito ) fica mais facil desgrudar do que se estivesse grudado diretamente na tampa, o plástico conseguimos retirar com cuidado e não vai estourar, mas a tampa, não tem jeito.
[Figura-3] Potes grudados no plástico

Vejam na figura-3 o momento em que o plástico está sendo retirado, um dos potes ficou grudado, mas foi muito fácil desgrudar sem danifica-lo, o que pode ser visto na figura-4.












[Figura-4] Potes desgrudados sem estourar

Bom, para resolvermos esse inconveniente, fiz vários buraquinhos no plástico ( figura-5 ), de tal forma que quando as abelhas precisarem expelir esses vapores para fora da caixa, poderão faze-lo usando esses orificios.









[Figura-5] Plástico furado

Muitos usam varetas de contenção em cima das melgueiras, eu evito usar esse método, pois quando você precisar colocar um recipiente de alimento ou ter mais acesso à melgueira, as varetas dificultam e muito.

Portanto prefiro usar o plástico que é mais prático e eficiente, porém temos que trabalhar essa questão da condensação.




[Figura-6] Caixa equipada com o plástico furado

Vejam na figura-6 como ficou a caixa com o novo plástico contendo os pequenos furos.

Com certeza as abelhas terão mais facilidade de eliminar os vapores quentes por eles, sabendo que entre a tampa e o plástico existe pequenas frestas que vão possibilitar a saída desse vapor, deixando dessa forma a caixa mais fresca, quando necessário.

No estado do Amazonas e Nordeste, os criadores procuram fazer um furo em baixo e em cima da caixa, justamente para que o fluxo de ar possa circular por dentro da caixa, e as abelhas controlam isso, ou seja, elas propolizam essas duas entradas e quando necessário, fazem pequenas aberturas para a realização desse trabalho e depois fecham novamente.

Enfim, quando interferimos em um meio, com a inclusão de novos métodos e práticas, no nosso caso a criação de abelhas sem ferrão, precisamos ficar atentos no impacto que isso vai acarretar para elas e monitorar, caso ocorra resultados não esperados ( no caso da condensação ) procuramos soluções / alternativas de contornar e aplica-la em campo, e novamente observar e monitorar, colhendo o feedback dessa aplicação.  Se ela resolveu o problema, otimo, caso ainda precisa de alguns ajustes, então recorremos aos estudos e pesquisas para fazer mais ajustes e tentar chegar a um resultado perfeito para que as abelhas consigam ter uma vida saudável.

[Figura-7] Caixa totalmente equipada, incluindo cobertura


Nada mais agradável quando abrimos uma caixa de ASF e verificamos que o enxame está forte e saudável, fica feliz o criador e as abelhas também, pois o enxame estndo forte, significa que elas estão alojadas em ambientes agradáveis também.

Como dizia o pai da Administração Moderna:
Peter Drucker:
"Tudo aquilo que não é medido, não pode ser gerenciavel "

Portanto temos que medir e gerenciar as criações para termos sucesso nas atividades inerentes à mesma.

Grande abraço e muito sucesso pra você.



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Estudo pioneiro pode evitar extinção da abelha jandaíra

A ciência está a um passo de traçar o zoneamento genético das populações da abelha jandaíra, uma das mais importantes produtoras de mel e pólen e com uma ativa ação de polinizar as plantas no Nordeste brasileiro.

[Figura-1] Abelha Jandaira
A ciência está a um passo de traçar o zoneamento genético das populações da abelha jandaíra, uma das mais importantes produtoras de mel e pólen e com uma ativa ação de polinizar as plantas no Nordeste brasileiro. A Embrapa e a Universidade de Dalhousie, no Canadá, realizaram, neste ano, o sequenciamento do genoma da espécie, gerando os primeiros marcadores moleculares para a abelha jandaíra. O estudo foi publicado pelo jornal científico Conservation Genetics Resources.
Pioneiro em todo o mundo, o zoneamento vai permitir, com mais segurança, a construção de estratégias de gestão e manejo da espécie, buscando sua conservação e seu uso sustentável em toda a cadeia produtiva. Vítima da ação predatória do homem, a jandaíra é uma das espécies ameaçadas de extinção. O trabalho será concluído em 2016.
Com os marcadores moleculares definidos, o trabalho do pesquisador Fábio Diniz, da Embrapa Meio-Norte (PI), está avançando para a montagem dos genomas nuclear e mitocondrial por completo. Quando essa etapa for concluída, segundo ele, abre-se uma porta para o melhoramento genético e novos estudos evolutivos da espécie. "O caminho agora é buscar uma plataforma para o equilíbrio populacional da jandaíra", sentencia o pesquisador.
Abelhas sem ferrão, como a jandaíra, são responsáveis pela polinização de 30 a 60% das plantas da Caatinga, do Pantanal e de manchas da Mata Atlântica, importantes ecossistemas brasileiros. No entanto, segundo a pesquisadora Fábia Pereira, da Embrapa Meio-Norte, cerca de um terço das espécies dessas abelhas está em risco. O motivo é a degradação dos ecossistemas. "A conservação dessas espécies é uma necessidade, já que elas executam uma importante função na perpetuação da floresta e sua biodiversidade, como polinizadoras e parte integrante da teia alimentar", argumenta.
O extrativismo predatório e o desmatamento sem controle, garante Fábia Pereira, têm levado à redução no número de colônias silvestres da espécie. Pequenas populações de abelhas sem ferrão, de acordo com a pesquisadora, "podem sofrer declínio gradual, resultando em sua extinção local". A determinação da diversidade genética presente nas populações dessas abelhas é um pré-requisito para o estabelecimento de programas de manejo e conservação eficientes, como os cientistas buscam com o zoneamento do genoma da jandaíra, por exemplo.

As etapas do sequenciamento
O trabalho pioneiro de sequenciamento do genoma da abelha jandaíra, no laboratório de biotecnologia da Universidade de Dalhousie, levou sete meses e contou com o professor e pesquisador Paul Bentzen na orientação da doutoranda Isis Gomes, que participa do programa de pós-graduação da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Em todas as fases, o estudo foi minucioso.
A primeira fase, como revela a bióloga Isis Gomes, foi a mais simples. O DNA genômico total, segundo ela, foi extraído a partir do tórax de cinco abelhas coletadas no Nordeste brasileiro. As amostras foram então sujeitas a eletroforese, técnica de separação de moléculas em gel de agarose a 0,8%, para testar a quantidade e a qualidade do DNA. Nessa etapa, um único indivíduo com maior rendimento e qualidade de DNA foi selecionado para o sequenciamento. A partir daí foi criada uma biblioteca genômica, etapa mais complexa e que exigiu mais empenho.
O passo seguinte foi o sequenciamento de DNA, realizado com um sequenciador de última geração, a tecnologia NGS - Next Generation Sequencing - MiSeq, da empresa norte-americana Illumina. Foram criados então 141.412 contigs, um conjunto de segmentos de DNA que, sobrepostos, representam uma região genômica de consenso a partir das 1.995.104 sequências curtas resultantes do sequenciamento (veja infográfico abaixo). A partir desses dados, foram identificados 6.422 locos microssatélites, que são regiões de repetição nucleotídica em blocos. Inicialmente, 52 locos foram testados para validação como marcadores moleculares.

Nos marcadores polimórficos, segundo a bióloga, foi usado um conjunto de 56 abelhas de três populações nativas dos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte para mais testes, buscando as estimativas de estatísticas básicas em nível de população. De 52 locos testados, apenas 17 foram identificados como polimórficos, apresentando várias formas (alelos), e seis como monomórficos, com apenas uma forma de apresentação.
A análise de dados resultantes do sequenciamento do genoma da abelha jandaíra aponta para duas direções: a descoberta de populações geneticamente distintas da espécie em todo o Nordeste brasileiro; e a redução da variabilidade genética em algumas áreas da região, que é um forte indicativo de como a degradação ambiental, causada pelo desmatamento e o extrativismo predatório, afeta diretamente a espécie. Esse estudo pôde revelar também mais um avanço da ciência quanto ao tempo e ao custo de se trabalhar o sequenciamento de um genoma.
Hoje, com toda a tecnologia disponível, usando o NGS – Sequência de Última Geração – por exemplo, um genoma pode ser sequenciado no período de quatro a dez dias. Antes, segundo Fábio Diniz, os cientistas levavam até 15 anos para realizar esse trabalho, como foi com o projeto genoma humano. O custo também reduziu muito. Há 10 anos, o sequenciamento de um genoma, em milhões de bases sequenciadas – Mb − não saía por menos de US$ 5 mil. Hoje, usando a tecnologia NGS, o valor não ultrapassa US$ 0.39 por Mb.

Jandaíra, a "rainha do sertão"
Apresentando coloração escura com listas amarelas no abdômen e medindo entre seis e sete milímetros, a abelha jandaíra é típica do sertão nordestino. É uma das mais conhecidas, por ser encontrada em todos os estados da região, do Semiárido ao litoral, e em áreas de restinga dos estados do Piauí e Maranhão. Por ser uma grande produtora de mel, além de ter importância ecológica como polinizadora, a espécie é conhecida entre os apicultores como a "rainha do sertão".
Todo o Nordeste brasileiro reúne as características de clima e flora favoráveis à atividade apícola. "A produção de mel do Piauí, por exemplo, é baseada na flora nativa, que é rica e diversificada, propiciando a produção de méis com características diferenciadas", ressalta a pesquisadora Maria Teresa Rêgo, também da Embrapa Meio-Norte. Segundo ela, um ponto que eleva ainda mais as condições favoráveis da região à produção de mel é a sustentabilidade.
As floradas das espécies nativas, de acordo com a pesquisadora, "são livres de agrotóxicos, propiciando um mel puro, livre de resíduos de produtos químicos, o que favorece a produção de mel orgânico". A flora nordestina é rica em espécies importantes como marmeleiro, mofumbo, angico-de-bezerro, bamburral, jurema e jitirana, encontradas em todos os estados da região. A flora nativa e diversificada é o grande trunfo do Nordeste.
"Com esse ambiente diversificado e favorável, o apicultor tem condições de migrar internamente com as colmeias, tendo um menor custo", destaca Paulo José da Silva, presidente da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes, a segunda maior do Piauí e uma das mais importantes da região. Este ano, a cooperativa deve exportar 950 toneladas de mel, faturando cerca de seis milhões de dólares. Os Estados Unidos são o destino de praticamente toda a produção. O monitoramento das abelhas nas colmeias
O comportamento das abelhas nas colmeias, de acordo com o clima e a época do ano, terá também um monitoramento efetivo pela Embrapa ainda em 2014. Um equipamento desenvolvido em parceira com a Universidade Estadual do Piauí vai permitir que cientistas conheçam as condições de temperatura que as espécies enfrentam e que influem no comportamento delas e na produção de mel no dia a dia.
Esse equipamento, que ainda não foi batizado, é um dispositivo de monitoramento formado por sensores de temperatura, baterias, rádio de comunicação, um cartão de memória e um fio conectado à colmeia. O tráfego de informações obedece a um rito simples: os dados são coletados na colmeia, em meio à vegetação; em seguida, repassados via rádio para uma central instalada na Embrapa Meio-Norte e conectada à internet. De lá, as informações ficam armazenadas em um site que funcionará com um banco de dados.
A construção do dispositivo, estruturado numa caixa de plástico medindo 11 centímetros de largura por 16 centímetros de comprimento, teve um custo estimado de R$ 200,00. O aparelho entra em operação até o final deste ano, para testes, durante 24 horas por dia. A ideia do professor Carlos Giovanni Nunes de Carvalho, que coordena o projeto, é substituir o manejo executado pelos pesquisadores, como, por exemplo, a instalação manual de termômetros nas colmeias, para que eles possam acompanhar o nível de estresse das abelhas sem a ameaça de um acidente.
Carlos Giovanni, que trabalha com uma equipe de cinco bolsistas em nível de graduação, mestrado e doutorado, no laboratório Opala, do campus Torquato Neto, da Universidade Estadual do Piauí, em Teresina, quer avançar ainda mais no estudo. Ele quer captar também a umidade no interior das colmeias, o gás carbônico, para medir o nível de poluição, e todos os sons gerados pela movimentação das abelhas. "No futuro, queremos ainda colocar no dispositivo um vídeo infravermelho para melhorar o monitoramento nas colmeias", projeta o professor.
Imagem: divulgação/Fabia Pereira

Fonte das informações: ( caso queira ler na integra )
http://sis.sebrae-sc.com.br/produtos/noticias-estrategicas/estudo-pioneiro-pode-evitar-extincao-da-abelha-jandaira/54db7a88b09d0422006da7fe

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Algumas fotos das ASF ( Abelhas Sem Ferrão )

[Figura-1] Abelha Uruçu Amarela (Bugia)
Aqui está sendo postado apenas algumas fotos de abelhas sem ferrão, onde podemos aprecia-la mais de perto.

Na figura-1 podemos ver a famosa Uruçu Amarela, também conhecida por Bugia, dependendo da região onde ela se encontra, acaba tendo outros nomes também.







[Figura-2] Guardiã ( Bugia )

A natureza das abelhas é fantástica, vejam na figura-2 como sempre vai ter uma sentinela de prontidão na entrada da colmeia. Se ela sair, outra imediatamente assume a posição, realmente é uma equipe em trabalho.









[Figura-3] Abelha Mandaçaia
Vejam a imponência da abelha Mandaçaia ( guardiã ) na entrada da colmeia, quem vai se atrever a tentar invadir seu lar, praticamente não tem espaço pra mais nada, apenas a dimensão do seu corpo.  Vejam na figura-3, e o objetivo da entrada sendo vigiada por sentinela é exatamente este: impedir a entrada de  qualquer intruso, principalmente o indesejável forídeo ( ninguém gosta dele, inclusive eu ).






[Figura-4] Entrada da famosa Jatai
Uma das abelhas que aprecio muito, é a Jatai.
Ela tem um voo gracioso, elas ficam voando em volta da entrada do bico, se exibindo com aquelas pernas compridas, muito bonitas elas.
Mas se for cria-las, não deixa perto das outras caixas de ASF, pois elas são territorialistas, elas vão perturba-las.
Vejam na figura-4, elas ficam aos montes na entrada, justamente para fazer a sentinela e ao entardecer, simplesmente fecham a entrada e vão dormir bem tranquilas. Muito espertas elas.

Grande abraço e muito sucesso pra vocês.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Divisão de Mandaguari Preta ( caixa INPA )


[Figura-1] Enxame de Mandaguari
Aproveitei o dia de hoje (31/01/2015 ) para fazer uma divisão de um enxame de Mandaguari Preta, onde o mesmo está alojado em uma caixa INPA 18X18 ( medidas internas, figura-1 ilustra esse enxame ).

Esse enxame já é fruto de uma divisão, o mesmo está com 3 meses de idade e vocês vão perceber pelas fotos que o enxame está muito bem desenvolvido e forte, alias muito forte, tanto que foi necessário colocar protetor de tela no chapéu para que eu pudesse ter um pouco mais de conforto durante o manuseio ( atividade ) da divisão.








[Figura-2] Preparativos
Qualquer divisão tem que ser planejada antes, ou seja, preparar a nova caixa para receber a divisão, além dos materiais de apoio para que se possa desenvolver atividade e que os mesmos estejam próximos e ao seu alcance.
A figura-2 ilustra isso ( material, ferramentas necessárias ).








[Figura-3] Caixa aberta ( retirada da melgueira )

Foi retirada a melgueira, e logo abaixo o ninho já aparece, já estava começando a "grudar" no fundo da melgueira ( figura-3 ).

Observem esse enxame está com apenas 3 meses de idade, e vejam como ele está forte e com grandes discos de cria.  A abelha Mandaguari é surpreendente, pelo fato de ser um enxame populoso, isso faz com que sejam bastante defensivos, incluindo contra os forideos, que não tem vez com eles.


[Figura-4] Discos bem grandes

Observem a figura-4, como os discos estão grandes, a caixa INPA 18X18 é um tamanho ideal pra elas, se usar INPA 20X20 vai ficar um pouco grande, mas também funciona, prefiro 18x18 que se adapta melhor pra essa espécie.








[Figura-5] Discos de Mandaguari

Na figura-5 podemos ver os discos mais de perto, dessa vez consegui tirar algumas fotos, é complicado conciliar as duas coisas: fazer divisão e tirar fotos.










[Figura-6] Modulo inferior com discos maduros

Bom, como sempre falo, se for fazer uma divisão, o ideal é que os discos maduros estejam na parte superior do ninho, isso facilita muito a divisão.  No caso de hoje, não foi possível, os discos maduros estavam na parte de baixo ( vejam na figura-1, ao retirar a melgueira, os discos novos estavam em cima ).

Isso não é um entrave para se dividir um enxame, simplesmente vai complicar um pouco mais.  Vejam na figura-6, ali podemos ver que consegui desgrudar os discos maduros e deixa-los preso na estrutura do módulo, isso facilitou pois a outra caixa também é INPA 18x18, sendo assim, foi preciso apenas encaixar esse módulo na nova caixa.

[Figura-7] Caixa filha montada

Vejam na figura-7 a caixa filha já montada, como os módulos são compatíveis, a divisão ficou bastante simples e rápida. Nessa caixa filha ainda falta implementar o último módulo que é a melgueira, onde a mesma conterá recipiente para colocar alimento artificial e pedaços de cera para que as abelhas possam usar durante o processo de proteção do novo ninho.




[Figura-8] Caixa filha

Quando trabalhamos com caixas padronizadas, o trabalho dentro da Meliponicultura torna-se mais fácil, rápido e eficiente, sem apresentar muito estresse para as abelhas.  Como cada meliponicultor gosta de trabalhar com suas próprias caixas, estamos longe dessa padronização.

Os enxames matrizes tudo bem, podem ficar alojados em qualquer tipo de caixa que melhor se adapte ao trabalho do Meliponicultor, mas quando for disponibilizar enxames para venda, que sejam em caixas padronizadas.



Grande abraço e muito sucesso pra você.




quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Divisão de Mandaçaia ( técnica bem sucedida )

[Figura-1] Caixa aberta, disco maduro em cima
Toda divisão de ASF se baseia em retirar os discos que contem as crias nascentes ( discos maduros ) e montar uma nova caixa, onde as campeiras serão pegas de uma outra caixa.

Muito simples isso não é mesmo !

Pois é, mas tem algumas observações que devem ser seguidas para que se tenha sucesso em qualquer divisão de ASF ( Abelha Sem Ferrão).

Vejam na figura-1, os discos maduros estão praticamente grudados no plástico ( o plástico serve para que as abelhas não grudem a cera na tampa, e se isso acontecer, ao retirar a tampa, pode danificar os discos ).

[Figura-2] Discos maduros
 Ou seja, dessa forma, com os discos maduros ( discos maduros são aqueles que tem a cor clara ) em cima, basta retirar o invólucro, e retirar todos os discos, pois logo em baixo vai estar os discos que contem as crias novas, é onde a rainha vai estar fazendo a postura, para dar continuidade no crescimento do enxame.







[Figura-3] Discos com crias novas ( postura )

Vejam na figura-2, os discos maduros já com o invólucro retirado está bem aparente e pronto para ser removido e levado para uma caixa vazia e montar um novo enxame.

Pois bem, quando retiramos os discos maduros que estavam em cima, vejam como ficou o ninho (figura-3), em baixo estão os discos com crias novas ( são os discos de cor mais escura ).
Intáctos, sem estresse para as abelhas e a rainha vai estar segura. Muito facil isso.

Ou seja, se os discos maduros estiver em baixo e os discos com crias novas em cima, e se você mesmo assim tentasse fazer a divisão, teria que retirar todo o ninho pra fora da caixa para ter acesso aos discos maduros que estariam lá embaixo.




[Figura-4] Discos maduros dentro da caixa
E os transtornos seriam enormes, pois teria que remexer muito no ninho pra retira-lo e isso acarretaria rompimento de potes de pólen, de mel, e muito estresse para as abelhas, sem contar que a abelha rainha pode até cair no chão, se você não tomar cuidado, pois ela vai estar entre as lamelas de cera ( invólucro ) e no momento da retirada, ela pode cair no chão sem você ver.

Viu só quanto risco a gente corre por conta de fazer uma divisão quando os discos maduros estão embaixo do ninho, pois é amigão.

[Figura-5] Caixa montada com os discos

Nas figuras 4 e 5 podemos ver os discos maduros já alojados dentro da caixa.

Nessa divisão eu não usei a cera alveolada, pois no momento estava sem, mas o correto é cobrir os discos com a cera.  Pode ser a cera de outras caixas também, sem problemas.

RESUMINDO:
Quando for fazer a divisão, abra a caixa e veja se os discos maduros estão em cima, se não, anotar a data da vistoria e depois de 15 dias voltar e olhar novamente.

ATENÇÃO:
 No momento da abertura da caixa, tem que ser avaliado como estão os discos que estão em cima, pois a rainha ainda pode estar lá fazendo postura, então o tempo de espera tem que ser maior.

Seguindo essas orientações, pode ter certeza de que você terá sucesso em todas as divisões.