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domingo, 24 de junho de 2012

Facilitando a vida da Mandaçaia e do Meliponicultor

(Figura 1) Caixa para Mandaçaia com separação superior
Vejam como é facil construir caixas racionais para ASF ( Abelhas Sem Ferrão ).  Observem a figura 1, nessa foto podemos ver que a caixa foi construida contendo a parte superior, mas confeccionada de forma diferente.  Ao inves de varetas, esta contempla uma forma arredondada com um furo central para o ninho e outros furos nas laterais para facilitar a manutenção, coleta de mel, etc.

Já comentei em outras postagens sobre o transtorno que é no momento do desmembramento de uma extenção da outra, para fazer multiplicações, etc, se as extensões estiverem desprovidas desse recurso ( proteção na parte superior ).  Dá um pouco de trabalho a mais no momento da fabricação da caixa, mas o resultado e facilidade de manuseio compensa, e  muito.

(Figura 2) Parte extensora vista de outro angulo
Na figura 2 podemos ver a parte extensora por outro angulo, onde detalhes podem ser vistos com mais visão .  A parte de baixo e superior de cada modulo foi construida com um furo central, um pouco maior que os diamentros dos discos da Mandaçaia, como os discos tem o formato arredondado, esse furo central no mesmo formato facilitara o desenvolivimento do enxame ( estamos seguindo os principios da naturesa dessa especie).

(Figura 3) Parte extensora vista pelos fundos
Já na figura 3 vemos o mesmo modulo, mas pelo fundo.  Os quatro cantos servem para as abelhas construirem os potes de mel, que é uma das caracteristicas dessa especie de abelha, construir potes de mel e polem em volta dos discos de cria.

É muito agradavel fazer uma divisão sem transtorno e estresse ( tanto para o Meliponicultor quanto para as abelhas ).

E na ausencia desses recursos (superior e inferior), esse transtorno é inevitavel, vai ocorrer derramamento de mel.
 Pronto!!!
Tá tudo preparado para os forideos, formigas e outros predadores fazerem a festa.  eles ficam de longe, só esperando o momento de distração para iniciarem o ataque.  Enquanto não atacam, ficam lambendo os beiços.

(Figura 4) Modulos sobrepostos
Por isso temos que estar sempre buscando novas formas de fabricar as caixas e aprimorando aquelas já existentes e consagradas, as quais vem sendo utilizadas há muito tempo.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Abelhas e Marcenaria caminham de mãos dadas.

(Figura 1)  Caixa contendo "ranhura" para varetas
É isso mesmo !!!
Abelhas e Marcenaria caminham de mãos juntas. Não tem como separar isso, para criarmos ASF precisamos de caixas racionais bem construidas e projetadas de tal forma que facilite o manuseio e ao mesmo tempo ofereça proteção e conforto para o enxame.

Para alcançarmos isso, lançamos mão do recurso fabuloso que é a madeira, material ideal para fazer a "casinha" das abelhas e usamos nosso conhecimento adquirido sobre Marcenaria, a arte de lidar com a madeira. A Marcenaria é uma arte muito bonita.
(Figura 2) Peça marcada para fazer a ranhura


Aqui vou focar como construir aquelas "ranhuras" para alojar a parte de baixo e as varetas de cada modulo ( parte extensora das caixas ).

Na figura 1 podemos ver como as varetas e a parte do fundo de cada modulo estão afixadas dentro das ranhuras.

A figura 2 mostra a madeira já cortada na altura certa de cada modulo e aproveitamos para marcar a peça inteira. Isso facilita muito, pois quando estivermos construindo a ranhura, ela será feita em toda a parte da peça para depois ser cortada.
(Figura 3 ) Ajustando a altura da lamina da serra


Na figura 3 mostro o momento em que faço o ajuste da profundidade da ranhura. Basta regular a lamina de tal forma que ela penetre apenas alguns centimetros na madeira ( a profundidade é você que vai determinar ).

Na pratica não fazemos a ranhura muito profunda, pois comprometemos a resistencia da caixa.
Uma profundidade de 3 mm já é o suficiente.




(Figura 4)  Serra circular fazendo a ranhura

Na figura 4 a serra circular está fazendo a ranhura propriamente dita. Observe que a peça em que está recebendo a ranhura, tem uma largura de 7 cm, é uma área pequena para a sapata da maquina. Para contornarmos esse inconveniente, usamos uma especie de suporte na lateral da peça. Usamos uma madeira de mesma espessura e encostamos ao lado da peça a ser trabalhada.  Com isso temos espaço na mesma altura para que a serra circular possa deslisar sobre a madeira.

Porém se você tiver uma mesa com serra circular, esse processo fica muito mais facil. O que estou mostrando aqui é uma das formas de se conseguir fazer a ranhura.  Existem outros recursos, o escopo dessa postagem é mostrar como fazer a ranhura.
(Figura 5) Peça contendo as ranhuras

A figura 5 mostra as peças contendo as ranhuras prontas. Depois temos que lixar para deixar a madeira mais lisa e isenta das pequenas rebarbas que ficam durante o processo de faricação da ranhura.

Feito isso, o proximo passo é medir a madeira e cortar no tamanho certo para fazer as partes extensoras da caixa INPA.  Nesse exemplo, as partes foram cortadas para confecção de caixa  para Mandaçaia.



(Figura 6) Peça já cortada no tamanho certo
Vejam  na figura 6 as peças já cortadas e contendo as ranhuras para acomodar as varetas e o fundo.

Depois é só colar as partes, esperar secar e pregar para dar mais firmesa e segurança.

Se for pregar, não esqueça de fazer furo aprofundado para depois pregar e em seguida tampar com um pedaço de madeira roliça.

Por fim dê uma boa lixada na caixa e aplique uma camada de tinta não toxica (tinta à base de agua) ou verniz.

É isso pessoal, nessa postagem procurei mostrar como fazer as famosas ranhuras para alojar as varetas. Espero que tenha conseguido transmitir um pouco de conhecimento de marcenaria, voltada para a Meliponicultura.

sábado, 9 de junho de 2012

Adaptações: Caixa Racional para Mandaçaia

Foto 1 - Caixa modelo INPA sem as varetas na parte superior
Uma das coisas que incomoda bastante no processo de retirada do mel ou fazer as multiplicaões de enxame é naquela hora em que desgrudamos uma extensão da outra.

Não tem jeito, retirou a extensão superior e o estouro de alguns potes de mel que estão na extensão inferior se rompem e o meleiro é inevitavel.  Vejam a foto ao lado ( foto 1 ), nessa extensão alguns potes tiveram a parte superior arrancada, pois estavam grudados no fundo da extensão superior.

Esse derramamento de mel atrapalha muito, pois o mel escorre em cima do ninho, e a probabilidade de se atrair formigas é muito grande.

Foto 2 - Caixa da direita contendo a adaptação
Bom, pensando em uma forma de evitar esse cenário, fiz uma adaptação no modelo da caixa INPA.

Vejam a foto ao lado ( foto 2 ), a caixa da direita já contendo a adaptação, na verdade são "varetas" de madeira bem finas, colocadas na parte superior de cada extensão ( em todas elas ).
A medida em que as abelhas vão construindo os potes de mel ou polem, elas encontram essas varetinhas e acabam por grudar os potes neles, ao inves de grudar no fundo da extensão imediatamente superior.


Foto 3 - Extensão com varetas incluidas
Dessa forma conseguimos contornar o desastroso cenário de estouro de potes de mel e polem.
Existem outros meios de construção, cujo resultado é o mesmo, ou seja,  construir uma divisão entre a parte inferior com a parte superior, com o intuito de oferecer proteção aos  potes.

Usando varetas, fica mais facil para ter acesso aos potes, para retirar o mel ou fazer inspeções. Essas varetas ficam fixas, não saem.
Foto 4 - Caixa INPA com as duas extensões já preparadas

Na foto 4, podemos ver as duas extensões equipadas com as varetas.

Entre o fundo da extensão superior e topo da inferior, existe um "vão" de 1 cm, espaço em que as abelhas não usam, o ninho vai estar crescendo no sentido vertical e passando do lado desses vãos.

Foto 5 - Detalhes do vão entre parte superior e inferior
Já na foto 5, visualizamos com um pouco mais de detalhes o que comentei sobre o vão que existe entre o fundo da extenão superior e a vareta da parte superior da extensão inferior ( ficou confuso essa conotação, não é mesmo, mas dá pra entender ).

Enfim, procuramos propiciar mecanismos que facilita nossas vidas no que diz respeito ao manuseio das ASF ( Abelhas Sem Ferrão ) e ao mesmo tempo oferecendo menos estresse para as abelhas e principalmente buscando agilidade naquilo que estamos fazendo.

Como já tinha dito em uma postagem anterior:

"Pra que reinventar a roda, se ela já existe, temos é que procurar melhora-la, a forma principal ( redonda ) já é funcional há decadas, mas sempre podemos fazer algo que vai agregar algum valor a ela, o espaço e criatividade está em cada um de nós, basta ver as coisas por outra ótica, que com certeza vamos encontrar algo de diferente e é aí que atuamos".

Amigos, grande abraço e muito sucesso pra vocês.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Semana do Meio Ambiente

Olá pessoal !!!

Que beleza, essa semana, do dia 04/06/2012 à 09/06/2012 ( Sábado ), está sendo comemorado a Semana do Meio Ambiente.

Vamos ficar atentos com a reciclagem do lixo, quando tivermos esse recurso, vamos fazer uso dele, pois ações simples em conjunto resultam em um enorme resultado, e a Natureza, o Planeta, e principalmente nossas ASF (Abelhas Sem Ferrão ) agradecem.

Abração à todos.