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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Curso de Apicultura

[Figura-1] Certificado
[Figura-2] Participantes do curso
É isso pessoal, o gosto de lidar com as abelhas é tão grande que acabei estendendo meus conhecimentos para o campo da Apicultura.

E nada melhor do que fazer um curso sobre o assunto onde você irá adquirir conhecimentos mais adequados e refinados que facilitará o manuseio das abelhas com ferrão.

E a Casa do Apicultor em Campinas, administrou um curso sobre o assunto, o qual foi ministrado pelo Professor Nilton Costa Junior, profundo conhecedor do tema.


[Figura-3] Participantes realizando atividades na caixa
O curso teve a parte teórica, onde foi abordado tópicos relacionados a vida social dessa abelha, procedimentos para manuseio dos enxames, transferência, troca de rainha, captura de enxame e muitos outros temas, os quais foram colocados em prática em um Apiário localizado no Sitio da equipe da Casa do Apicultor.

A figura-3 mostra o momento em que os participantes estão fazendo a transferência de um enxame capturado para dentro de uma caixa padrão Longstroth. Esse enxame estava alojado em um pneu de caminhão.

[Figura-4] Preparação para inspeção da caixa
Quando você termina a parte teórica do curso, no dia seguinte já parte para a aula prática, e o contato com a natureza é inevitável.

Além da atividade prazerosa de estar lidando com as Abelhas, você está ao mesmo tempo desfrutando da natureza que está a sua volta, assistindo tudo aquilo que você está fazendo.

Praticar Meliponicutlura ou Apicultura, tem que gostar da natureza, pois uma faz parte da outra.

A figura-4 mostra o momento em que os participantes se preparam para realizar uma a inspeção em uma caixa forte.

[Figura-5] Examinando quadros de cria
Após a caixa estar aberta, os participantes podem realizar a inspeção / revisão dos quadros de cria.

Essa prática sempre é aconselhável que seja realizada por pelo menos 2 Apicultores, para que um possa dar suporte ao outro.








[Figura-6] Desoperculação das melgueiras
Em campo, no Apiário, os participantes aproveitaram para realizar a colheita de mel, ou seja, retirada das melgueiras que estavam com os favos operculados ( fechados ), os quais foram transferidos para a Casa do Mel.

É preciso tomar algumas medidas para estar dentro da Casa do Mel, como vocês podem notar na figura-6, alguns trajes são necessários, para garantir a higiene do local para não afetar o produto final ( mel ).











[Figura-7] Centrifuga
Tivemos a satisfação de realizar a centrifugação das melgueiras que foram desoperculadas, capacidade para 24 melgueiras.

Depois o mel passou por uma peneira e em seguida para uma decantadora, para ficar descansando por alguns dias.

O curso é completo, passa pela parte teórica e depois a parte prática concretiza.

Lá você aprende mesmo. Você participa, você faz as coisas acontecerem, sente como é realmente.

Eu faria tudo de novo.





[Figura-8] Degustando um pedaço de favo de mel
Degustar um pedaço de favo de mel que você mesmo colheu, não tem preço, amigo. É um espetáculo sem igual.

A figura-8 mostra o momento em que os participantes apreciam o delicioso mel, mel esse que foi colhido por eles mesmo.








[Figura-9] Certificado merecido
E para finalizar, o merecido certificado.

domingo, 4 de maio de 2014

Dividindo um enxame de Uruçu Amarela

[Figura-1] Caixa aberta, acesso aos discos de cria
Coisa gostosa e agradável, é esse momento em que abrimos uma caixa de ASF para fazer uma divisão.

É um momento espetacular.

Como todos sabem, a Uruçu Amarela pertence a família dos Meliponíneos, portanto não tem realeira, ou seja, em uma divisão basta retirar 3 a 4 discos maduros e montar uma nova caixa.
A nova rainha será selecionada pelas próprias operárias.

Na figura-1 podemos ver a caixa já na condição de aberta e os discos de cria aparentes.

[Figura-2] Discos de cria
Observando as figuras-1 e 2, notamos que os discos verdes ( crias novas ) estão na parte superior, conclui-se que os discos maduros ( crias nascentes ) encontram-se na parte inferior do ninho, sendo assim foi necessário retirar mais um módulo para termos acesso aos discos maduros.









[Figura-3] Discos maduros na caixa nova

Quando estamos realizando uma divisão, muitas vezes fazemos isso sozinhos e para tirar as fotos fica complicado, pois temos que parar com o processo da divisão em si para darmos espaço para as fotos.

O ideal seria uma outra pessoa incumbida de ficar registrando os eventos com a máquina fotográfica.

A figura-3 ilustra o momento em que os discos de cria maduros foram colocados na caixa nova ( caixa filha ).  Podemos ver que os discos são grandes.

[Figura-4] Potes montados
Na figura-4 podemos visualizar que a caixa foi suprida com alguns potes vazios ( potes montados com cera de apis misturado com cera de ASF ). Isso é importante para que quando as campeiras retornem do campo trazendo pólen ou néctar, elas possam ter onde coloca-los.
Caso contrario, elas irão descarta-los no fundo da caixa, e eles vão azedar, cujo odor irá atrair os forideos.

Portanto, em qualquer divisão, forneça potes vazios para ajudar as abelhas no processo inicial.



[Figura-5] Caixa filha montada e vedada
Pronto !

A divisão está completada.  A figura-5 ilustra esse momento em que a caixa filha foi montada e vedada.

Obviamente lá dentro foi colocado também armadilha caça forideos e alimentação artificial.

Outro fator importante é que uma caixa doou os discos de cria e outra caixa doou as campeiras.


[Figura-6] Caixa integrada à natureza
Sempre procuramos colocar os enxames integrados junto à natureza, propiciando dessa forma uma melhor forma delas conviverem no seu dia a dia.

ATENÇÃO:
Não basta fazer a divisão, temos que fazer um monitoramento periódico para garantir que o enxame esteja bem e caso notemos interferências ou anormalidades, fazer os ajustes necessários.




Grande abraço e muito sucesso pra vocês.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Armadilha caça forídeo.

[Figura-1] Recipiente com furos na tampa
Quando o assunto é forideo, todos começam a ficar preocupados.

E com razão, ele é o maior inimigo que temos no mundo da Meliponicultura, sim temos outros inimigos, mas ele ( forideo ) é pior deles, é destruidor.

Mas se soubermos lidar com essa situação, podemos sim controlar o ataque, quando ele existe e defender a colonia.

Uma das técnicas bastante conhecida é a utilização de um recipiente contendo vinagre de maça, o qual contém pequenos furos na tampa permitindo dessa forma a passagem dos forideos, que são minusculos, mas as abelhas não conseguem passar. É um método bastante eficiente.

[Figura-2] Recipiente montado
 Na figura-1 vemos o recipiente preparado para receber o vinagre e na figura-2 podemos visualizar o recipiente equipado.

Uma vez colocado o recipiente ( equipado ) dentro da caixa racional, vamos ter um pequenino problema:
com o tempo as abelhas vão propolizar todos os furinhos e a armadilha deixa de ser funcional e os forideos vão fazer a festa.

Bom, como evitar que as abelhas propolizem os furinhos.

Simples, basta colocar um obstáculo entre os furos e as abelhas. 

De que forma ?

[Figura-3] Recipiente contendo obstáculo para as abelhas

 Vejam na figura-3 uma das maneiras para se fazer isso.  Basta colocar uma tampa, que pode ser de papelão, plástico ou outro material que não seja nocivo para as abelhas e cortar do tamanho do recipiente e colocar em cima e para dar espaço para os forideos entrarem, basta colocar pequenas bolotinhas de cera para apoiar essa tampinha.

Dessa forma os forideos conseguem entrar, mas as abelhas não, devido o pequeno espaço que ficou.

Pronto, dessa forma conseguimos deixar nossa armadilha sempre funcional, bastando trocar o vinagre todo final de semana, pois o vinagre com o passar do tempo evapora.

Utilizando esse método, fico mais tranquilo, pois tenho certeza de que se a armadilha precisar entrar em ação, ela vai funcionar.

Grande abraço e muito sucesso pra vocês.



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Enxane de Mandaçaia sendo dividido

[Figura-1] Caixa matriz ( Mandaçaia )
Bom, todos sabemos que para fazer uma divisão de enxame de Mandaçaia precisamos seguir algumas regras, as quais são:

1) escolher um enxame forte;
2) ter outro enxame para doar as campeiras;
3) que tenha sol e sem muito vento.

Pronto, facil, não é !!!

Agora resta um pouco de prática e pronto, a divisão está feita.

Então vamos detalhar um pouco como é o processo da divisão em si.
Na figura-1 podemos ver a caixa matriz, esta caixa foi escolhida justamente porque os discos maduros encontram-se na parte superior da caixa, poderia ser outra caixa, sim, poderia, mas trabalhando dessa forma ( retirando os discos maduros na parte de cima ) fica mais fácil e seguro.

[Figura-2] Momento em que a caixa está sendo aberta
Vejam na figura-2 o exato momento em que a caixa matriz está sendo aberta.

Nessa figura ( figura-2 ) vemos que os discos maduros estão praticamente quase que "grudados" na tampa da caixa,

Perceberam como fica muito fácil a multiplicação, a partir do momento em que escolhemos um enxame cujos discos de cria maduros se encontram na parte superior !

Fica muito mais fácil e seguro retirar esses discos e montar uma nova caixa.

Agora imaginem se os discos maduros estivessem na parte inferior e mesmo assim eu insistisse em fazer a divisão !  Podem ter certeza de que seria mais difícil, pois teria que retirar todo o ninho pra fora da caixa para ter acesso aos discos maduros, e é nesse momento que as coisas podem se complicar. Pode ocorrer um rompimento de pote de mel ou pote de pólen, sem contar o estresse que vamos provocar nas abelhas.

[Figura-3] Caixa sendo aberta
Isso que está sendo relatado aqui, é prática, fazemos tantas divisões que procuramos a maneira mais fácil e segura de faze-las.

Pra isso é preciso ficar namorando os enxames, para verificar como estão os discos na parte superior, se já estão maduros, ou se estão verdes, anotar a data da vistoria para saber quando poder abrir novamente e ter certeza de que irá encontrar discos maduros em cima ( estou falando de monitoramento ).




[figura-4] Caixa preparada para receber a divisão
O próximo passo é transferir os discos maduros ( 2 a 3 discos ) para uma caixa nova. Essa caixa que vai receber os discos, tem que estar preparada antes da abertura da caixa matriz, pois quanto menos tempo gastar na divisão, melhor.

Vejam na figura-4 uma caixa já preparada para receber os discos de cria.  Essa caixa contém os seguintes ítens:

1) potes pré-moldados:
     serve para que as abelhas depositarem pólen ou mel
2) pequenas "bolotas" de cera no fundo da caixa:
    serve para apoiar os discos de cria, e também para que
    as abelhas possam dar manutenção por baixo   dos
    discos
3) recipiente de plástico:
     serve para colocar o alimento artificial para as abelhas.


A caixa da figura-4 é o modelo PNN simplificado, a qual contém duas partes com o ninho central.
É uma caixa bastante prática.

Caso seja necessário, coloca-se mais um ítem que é a armadilha para forídeo.

Depois é só colocar a caixa filha no lugar de outra caixa que vai doar as campeiras, finalizando dessa forma a multiplicação.

É isso pessoal, quanto mais você pratica, mais experiente vai ficando.

Grande abraço e muito sucesso pra você.



terça-feira, 25 de março de 2014

Caixa PNN ( modelo simplificado )

[Figura-1] Caixa racional PNN
Um dos modelos de caixa racional utilizado para a criação de ASF ( Abelhas Sem Ferrão ) é o modelo PNN, nome dado ao seu criador, Paulo Nogueira Neto.

Na figura-1 podemos visualizar esse modelo, porém o seu interior foi modificado (simplificado ) para atender as necessidades diárias na criação das ASF, focada em Mandaçaias e Jatais.

As varetas foram eliminadas e a disposição da melgueira também teve um novo lay-out.


[figura-2] Caixa vista por baixo

Na figura-2 podemos ver a caixa com um pouco mais de detalhes.

Tenho usado com sucesso na criação da Mandaçaia e Jatai, sendo que para a espécie de ASF Jatai, a altura dos modulos é mais baixo, justamente para que não fique muito alto, pois os discos das Jatais são menores.

Utilizo tábuas com espessura de 2,5 cm, madeira eucalipto branco, é uma madeira bastante porosa e leve, sem cheiro.

todos os enxames que foram colocados dentro desse tipo de caixa e madeira mencionado, se desenvolveram muito bem e de forma rápida.

Isso comprova a eficiência desse modelo bem como o tipo de madeira utilizado.

Grande abraço e muito sucesso pra você.




sábado, 15 de março de 2014

Mandaguari: enxameamento

[Figura-1] Enxameamento de Mandaguari
Dia quente, ensolarado, sem vento, céu limpo, realmente um dia muito gostoso e agradável, tanto que uma caixa de Mandaguari resolveu enxamear.

Vejam na figura-1 esse espetáculo.









[Figura-2] Outra caixa de Mandaguari
Bem próximo da caixa que está soltando um enxame, tem outra ( figura-2 ) que também aproveitou para dar uma recalchutada, ou seja, se lá dentro tem uma princesa, com certeza entrou no processo.

Essa espécie de ASF (Abelha Sem Ferrão ), tem uma caracteristica bem diferente das demais:
"elas gostam de ficar se exibindo na entrada da caixa".

Essa caracteristica acaba atrapalhando um pouco, pois ao se aproximar delas, provavelmente irão querer enrolar em seus cabelos.

[Figura-3] Zangões em volta da entrada
Independente disso, é uma espécie muito trabalhadora, geralmente os enxames são muito populosos, é preciso usar caixa com 20 x 20 cm internamente para alojar os discos de cria.

Elas produzem um mel muito saboroso.

Quanto ao quesito cera, nem se fala, produzem muito e também muito própolis de boa qualidade.

Ao abrir a caixa, você logo sente o cheiro delicioso que exala das melgueiras.

São abelhas rústicas, fáceis de lidar e manejar, pelo fato delas serem da nossa região ( Sudeste ), já estão ambientadas, e quando se faz o processo de multiplicação, é 100% garantido de dar certo.

Quem tem ASF em casa, recomendo essa espécie também. Muito legal lidar com elas.

Grande abraço e muito sucesso pra você.



domingo, 9 de março de 2014

Essa entrada é da minha casa ( Mandaçaia conversando com outra Mandaçaia )

É isso mesmo ! 
[Figura-1] Entrada sendo caracterizada

A foto da figura-1 mostra a entrada de uma caixa de Mandaçaia, sendo que o enxame foi dividido em 21/12/2013, essa caixa é a filha.

Vejam como as abelhas já providenciaram a marcação de sua casa, a entrada está ficando do gosto delas, ou seja, é a marca característica dessa espécie de ASF ( Abelha Sem Ferrão ).





[Figura-2] Caixas de Mandaçaia, uma ao lado da outra
Elas constroem rapidamente essa entrada, para distinguir da entrada das outras caixas, que também tem praticamente o mesmo formato, mas elas conseguem diferenciar, a gente não.

Se as caixas ficassem bem distantes uma das outras, a entrada levaria mais tempo para ter seu formato "rajado" feito com estrutura de barro.

Como estão próximas, procuram resolver isso logo, para não ter confusão na hora das campeiras estarem voltando do campo com o resultado do seu trabalho: coletar pólen e néctar.  Elas precisam chegar e não ter erro na hora de entrar na sua casa.

Por isso usei como título dessa postagem, "essa entrada é da minha casa".

Grande abraço e muito sucesso pra você.